25 de nov. de 2011

Ambientalistas e autoridades avaliaram que o desmatamento aumentou na Amazônia Legal, em especial, em Mato Grosso, no período em que o projeto do novo Código Florestal foi discutido Congresso Nacional. A Comissão de Meio Ambiente do Senado concluiu nesta quinta-feira (24) a votação da nova legislação ambiental. A proposta será votada pelo Plenário em regime de urgência na próxima semana e, caso seja aprovada, retorna à Câmara.

"Desmatamento desse tamanho a gente já não via há muito tempo na Amazônia”, comentou Tatiane Carvalho, ambientalista do Greenpeace. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso lidera a lista dos estados que mais desmataram, de janeiro a setembro deste ano. A devastação, apontou o Inpe, aumentou 70% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o gerente executivo do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Evandro Carlos Selva, os desmatadores voltaram a usar a técnica do chamado “correntão” que era costumeiramente utilizada na década de 1970 no estado, mas que passou a ser proibida. "Nestes enormes desmatamentos em Mato Grosso os infratores passaram a usar uma técnica que já estava abandonada. O correntão, uma corrente muito pesada que está amarrada entre dois tratores que entram na floresta e derrubam tudo que tem pela frente", comentou Carlos Selva.



Info Código Florestal 24.11 (Foto: Editoria de Arte/G1)


No município de Nova Ubiratã, a 506 km de Cuiabá, segundo o Ibama, foram registrados os maiores desmatamentos do estado. Só um fazendeiro é acusado de desmatar ilegalmente mais cinco áreas, que somam seis mil hectares. Ele já foi multado pelo Ibama em R$ 20 milhões. Seis dos dez maiores desmatamentos no estado estão em nome do fazendeiro do Panará. Todos os desmatamentos ilegais foram feitos por correntes gigantes puxadas por tratores para acabar com a vegetação.
Integrantes do Greenpeace constataram durante um sobrevoo na área de desmatamento em Mato Grosso que os infratores não pouparam nem as nascentes e as margens dos rios, áreas de preservação permanente. Em algumas propriedades, a faixa de floresta que deveria ser mantida como reserva legal desapareceu. Desde a constatação dos maiores desmatamentos, o Ibama passou a recolher tratores e caminhões encontrados nas propriedades para evitar que a ação ilegal seja retomada longe dos olhos da fiscalização.
Informações do g1.globo.com

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