8 de dez. de 2011


chevrolet volt (Foto: Divulgação)Criada para mostrar ao consumidor brasileiro a maior aposta da General Motors na atualidade, a expedição do Chevrolet Volt chegou na última terça-feira (6) a Pernambuco. O test drive serve para dar um gostinho da tecnologia aplicada nesse híbrido em que o motor elétrico predomina em relação ao a combustão. Mas ainda não há previsão de venda do carro no Brasil.
G1 experimentou o sedã por um percurso de cerca de 25 km entre Jaboatão dos Guararapes e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife. O comboio de cinco carros percorreu basicamente um trecho urbano, com pontos de lentidão, durante 1 hora.
chevrolet volt ficha (Foto: Arte G1)

No Volt, a grande atração é que a bateria de íon-lítio de 16kWh permite que o usuário rode até cerca de 60 quilômetros apenas no modo elétrico, sem gerar qualquer tipo de poluente. Só então entra em cena o motor a combustão 1.4, a gasolina, que desenvolve 150 cavalos. De forma auxiliar, ele ajuda a estender a autonomia do carro para mais 500 km.
Na jornada em PE, no entanto, as baterias dos carros não estavam totalmente carregadas porque a voltagem no Recife é de 220V e o Volt, originalmente, é 110 V. Como os adaptadores não foram suficientes para recarregar os cinco veículos usados na apresentação na capital pernambucana, só foi possível usar o modo elétrico por cerca de 20 minutos antes de o motor a gasolina ser acionado. Vale destacar que com 110 V é necessária uma carga de 10 horas para que o Volt atinja sua autonomia máxima. Em 220 V, o carro precisa ficar conectado por apenas 4 horas.
Com uma carga máxima, juntando a tração elétrica e a auxiliar do motor a combustão, é possível ir de São Paulo ao Rio de Janeiro (439 km) ou do Recife até Natal (297 km), por exemplo, sem a preocupação de ficar na mão por conta da bateria.
Impressões
Uma das primeiras impressões que se tem ao dirigir um Volt é a ausência de barulho — ele já parte no modo elétrico. Apesar de pesado (2.079 kg de peso bruto), o carro é esperto e é preciso ter cuidado para não ultrapassar o limite de velocidade - o que não foi um desafio durante o trajeto em PE porque, devido ao trânsito e à área urbana, não foi possível passar de 80 km/h. A média foi de 50 km/h.
O câmbio automático e as rodas de alumínio, com 8,1 kg cada, ajudam no conjunto. Segundo a GM, o Volt vai de 0 a 100 km/h em 9 segundos e pode chegar a 160 km/h.
É possível escolher três modos de direção: o Normal, usado na maior parte do tempo; o Esportivo, em situações que exigem uma aplicação mais rápida de torque, como nas rodovias; e o Aclive — nesse último, a autonomia elétrica do veículo é reduzida. Na jornada entre Jaboatão e Recife foi utilizado apenas o modo Normal.
Um lugar a menosEm geral, o interior é espaçoso. Mas um ponto negativo é que o carro comporta menos ocupantes do que o habitual. Em vez de capacidade para três pessoas, a traseira conta com apenas 2 bancos, pois uma parte do espaço é reservada para a bateria de 198 kg. Por isso também, o porta-malas tem 300 litros, menos do que outros sedãs.
Tecnologia
chevrolet volt (Foto: Divulgação)
A bateria do Volt, em formato de “T”, tem a sua maior parte localizada no túnel central do veículo – entre o banco do motorista e do carona – mas também se estende para os bancos traseiros. Independentemente das condições climáticas, ela trabalha sempre em uma temperatura de 26 ºC. O tempo de vida útil, de acordo com a montadora, é de 10 anos ou 240 mil km, e a GM oferece garantia de oito anos ou 160 mil km.
Quem está ao volante precisa se habituar a entender o amplo painel de controle. O Volt tem duas telas de LCD de 7 polegadas e alta resolução em cores. Na primeira, o motorista encontra um painel de instrumentos e, na segunda, um visor com touch screen, repleto de funcionalidades.
Entre as funções que podem ser ativadas com toque na tela estão ar-condicionado, Bluetooth, navegadores e sistemas de informação em tempo real, rádio e conector para MP3. O motorista também pode ligar o cabo de energia do carro à tomada e agendar, através de um aplicativo do seu dispositivo móvel (smartphone ou tablet), a hora em que a bateria deve começar a ser carregada.
Outro item que merece menção é o serviço de instruções e conexões OnStar, que envolve sensores integrados ao veículo capazes de fazer a comunicação entre o motorista e uma central de atendimento. Após uma colisão, o OnStar é automaticamente ligado para que o condutor ou passageiro solicite a um consultor os serviços de emergência necessários à situação.
Ainda no quesito segurança, o Volt possui seis airbargs. São dois para os bancos da frente, dois para os bancos de trás e dois laterais. Como o carro é bastante silencioso, a GM e a American Federation of the Blind desenvolveram um dispositivo que faz soar um alerta para que pedestres, sobretudo os portadores de deficiências visuais, sejam avisados da presença do carro em cruzamentos ou determinadas vias.
Longe do Brasil
Com os encargos do governo brasileiro, engenheiros da GM acreditam que o carro não chegaria por menos de R$ 180 mil ao mercado local, mas não há previsão de quando isso aconteça. Nos Estados Unidos, o carro custa US$ 41 mil (cerca de R$ 73,5 mil na cotação desta quarta-feira) e pode baixar a US$ 33,5 mil (R$ 60 mil) quando há incentivo do governo.
O fator infraestrutura no Brasil para a recarga da bateria também é outro empecilho. No exterior, os condutores encontram mais facilmente tomadas em estacionamentos e áreas externas de shoppings, prédios públicos e edifícios residenciais, incluindo postos de recarga rápida.
A GM diz que vai aproveitar 2012 para reforçar a produção do Volt, que chegará a 60 mil unidades a serem distribuídas nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa e na China. No momento, a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), entidade que cuida da segurança viária dos EUA, investiga as baterias de íon-lítio que são usadas no híbrido e em outros modelos com tecnologia similar e elétricos. A atitude foi tomada após a bateria de um Volt pegar fogo dias após a um crash test, no início deste ano, quando o carro estava parado.




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