8 de dez. de 2011


TiriricaNove meses depois de chegar à Câmara como o deputado mais votado do país, Francisco Everardo Oliveira e Silva (PR-SP), vulgo Tiririca, fez nesta quinta-feira (8) sua "estreia" no Congresso. Alternando expressões como "beleza pura", "maravilha, garoto" e "legal", Tiririca presidiu por quase três horas sessão da Comissão de Educação e Cultura que fez audiência pública para discutir a concessão de alvarás para instalação de circos nas cidades.
Bem humorado, o humorista fez graça com o sobrenome do convidado: "Ignácio Kornowski, coordenador da área técnica de desenvolvimento da cultura da Confederação Nacional dos Municípios", e repetiu: "Kornowski, Kornowski", entre risos, brincando com a pronúncia abrasileirada "cornóvisque".
Durante a fala dos convidados, o deputado aproveitou para folhear papeis que simulava ler baixinho, deixando perceptível o abrir e fechar dos lábios, como escandindo sílabas. A performance de Tiririca à frente da Comissão contou com a ajuda de um discreto funcionário da Câmara que, a todo instante, soprava nomes de convidados e de artistas presentes à sessão.
Depois de fazer um stand up comedy com os melhores momentos de sua vida, o ex-dono de circo leu um papel com os nomes dos convidados para integrar a mesa de debates da Comissão.
Por meia hora, Tiririca contou para uma plateia de artistas circenses passagens de sua vida, como na época em que fazia animação na casa de "meninos ricos" e aproveitava para dar "uns cascudos" na criançada . Entre gracejos e piadas, ele confessou que decidiu disputar uma cadeira na Câmara para ganhar uma publicidade gratuita. Afirmou esperar ter "uns 5.000 votos" nas eleições.
- Me surpreendi com a votação que tive.
O autor do hit brega Florentina admitiu que cogitou desistir de assumir a cadeira na Câmara diante da pressão para provar que sabia ler e escrever.
- Mas fui para o teste e graças a Deus, tudo deu certo.
Tiririca revelou que, nos primeiros três meses de mandato, se sentia um peixe fora d'água na Câmara.
- Mas hoje estou tranquilo. Dou um baile aqui.
No fim da sessão, Tiririca defendeu a regras diferenciadas para a matrícula de filhos de artistas circenses nas escolas. E fez questão de dizer que, quando pequeno, teve professora particular no circo que era de propriedade de sua mãe.
- Eu estudei assim. Como a minha família tinha posses, a minha mãe contratou uma professora particular que acompanhava o circo e dava aula para a gente.
Os poucos deputados que passaram pela Comissão de Educação aproveitaram a audiência para fazer um desagravo a Tiririca, entre eles o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), que foi à comissão de Educação só para elogiar Tiririca.
- Seu voto não foi de protesto. Foi um voto consciente. Acreditaram no meu companheiro, como acreditaram no presidente Lula.
do r7.com

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