A advogada de Lindemberg Alves Fernandes, Ana Lúcia Assad, confirmou na manhã desta quarta-feira que seu cliente irá falar aos jurados pela primeira vez. O depoimento da última testemunha de defesa, Paulo Sérgio Squiavo, membro do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) que participou da operação, teve início por volta das 10h40.
"A verdade vai aparecer até o fim do julgamento. Eu vou levar este júri até o final. Só saio desse plenário com a decisão da juíza", afirmou Ana Lúcia, em frente ao Fórum de Santo André, acompanhada por integrantes da promotoria e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Santo André. "Estou muito otimista e confiante com a descoberta do princípio da verdade real. Apesar dos populares me hostilizarem, estou apenas garantindo o direito de defesa de Lindemberg Alves Fernandes."
Para tentar fugir dos curiosos, a advogada entrou no Fórum pelo portão de trás por volta das 8h. Ela chegou em um carro particular acompanhada pelo marido. Mais tarde, às 8h45, Lindemberg chegou escoltado ao local. Ele foi trazido do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, onde passou a segunda noite.
Ana Lúcia também criticou a forma como a imprensa está tratando do caso e disse que a integridade dela e da equipe está sendo ameaçada. Ontem ela foi muito hostilizada pelo público presente e chegou a pedir escolta policial na hora do almoço. Hoje a situação se repetiu. Ao descer as escadas do Fórum para conversar com os jornalistas, houve gritos de justiça do público presente. Alguns populares chegaram até mesmo a cantar o hino nacional.
A advogada aproveitou para desmentir algumas informações, entre elas de que ela teria discutido com a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel da Silva. Ela disse que ficou sentida com a divulgação desta informação e que lamenta a dor da família da vítima. "A imprensa está colocando palavras na minha boca que eu nunca falei."
Este é o terceiro e provavelmente o último dia de julgamento de Lindemberg, acusado de matar Eloá em outubro de 2008, após mantê-la refém por cerca de 100 horas dentro do apartamento da vítima, em Santo André. Um júri formado por seis homens e uma mulher decidirá se o réu é ou não culpado pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparo por arma de fogo. (Com informações de Cadu Proieti e Rafael Ribeiro)
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