27 de jan. de 2012


A professora da rede municipal de ensino Markelly Silva Marquez Marques, de 36 anos, que mora em Ipiranga do Norte, a 455 quilômetros de Cuiabá, revelou o medo que sente ao sair às ruas depois que o caminhoneiro Alex Eduardo Petkovicz foi atacado por uma onça pintada na região central da cidade. “Estamos apavorados porque vai que essa onça decide voltar”, declarou.
Como existe grande probabilidade da onça continuar na região, a professora disse ter determinado que os filhos saiam menos de casa e, principalmente não fiquem andando pelas ruas. “Falei para a minha avó, que cuida deles enquanto trabalho, permanecer dentro de casa e não deixar que fiquem na rua”, frisou a moradora em entrevista ao G1. O município possui pouco mais de 5 mil habitantes e o ataque da onça pintada ocorreu na região central do município.
Depois de algum tempo, um vizinho que mora em uma residência em frente ao local onde Alex estava foi socorrê-lo. A professora disse que depois que eles viram o vizinho indo para o barracão, ela e o marido também foram até lá, porém, o animal já tinha ido embora. “Não chegamos a ver a onça, mas tinham pegadas no chão e ele [Alex] estava muito ferido”, recordou a professora.
Markelly contou que na madrugada desta quarta-feira (25), quando o caminhoneiro de 33 anos foi surpreendido com a onça em um barracão que fica ao lado da casa dela, ela ouviu os gritos da vítima em desespero. No entanto, ela e o marido acharam que se tratava de uma briga na rua, mas se levantaram e acenderam as luzes da casa. Não é só Markelly que demonstra preocupação em relação a eventuais ataques futuros do felino. O autônomo, Francisco Tavares da Costa, se diz preocupado, principalmente com as crianças, mas avalia que isso ocorreu porque o homem passou a ocupar o espaço dos animais. "O homem ocupa a morada deles e eles vêm ocupar o lugar do homem, quando atacam as pessoas", afirmou.
Após ser atacada, a vítima foi levada para o posto de saúde do município e, em seguida, encaminhada para o Hospital Regional de Sorriso, a 420 quilômetros da capital, onde recebeu mais de 200 pontos na cabeça, por conta de um corte profundo, além de lesões nos braços e no rosto. O caminhoneiro permanece internado na unidade de saúde, mas o seu estado de saúde é considerado estável pelos médicos.
De acordo com o médico Germán Fong Roca, que fez os primeiros socorros, devido o ataque, o couro cabeludo se soltou e teve de ser reconstruído passo a passo. O procedimento demorou quase duas horas, segundo ele.

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