O empate por 1 a 1 entre Catanduvense e Palmeiras, neste domingo, em Catanduva, é daqueles jogos que quase nenhum torcedor vai se recordar no futuro. A partida fraca tecnicamente quase terminou mal para o Verdão, que saiu atrás no placar após um pênalti infantil de Leandro Amaro, mas chegou ao empate graças ao gol de cabeça de Fernandão – na conhecida jogada aérea de Marcos Assunção.
No geral, o jogo só serviu para mostrar uma provável mudança para os próximos jogos: o efetivo Fernandão na vaga do inoperante Ricardo Bueno, que perdeu mais um punhado de gols neste domingo. Serviu também para expor a falta de criatividade que a equipe tem sem Valdivia, que não jogou por conta de uma lesão no tornozelo.
Com o empate, segundo seguido do Palmeiras no Campeonato Paulista, o time chega a cinco pontos em três rodadas, já a uma certa distância dos líderes. O Catanduvense fica com dois pontos na tabela, e deixa claro que seu único objetivo na competição é se manter na elite.
O Palmeiras vai a campo na próxima quarta-feira, contra o Mogi Mirim, às 22h (de Brasília). No mesmo dia, mas às 19h30m, o Catanduvense vai a Ribeirão Preto para enfrentar o Comercial.
Na teoria, ótimo. Na prática...
Sem Valdivia, Felipão e o auxiliar Murtosa ousaram na escalação do Palmeiras. Mesmo fora de sua forma ideal, Daniel Carvalho começou jogando e foi o responsável pela armação, com Luan e Maikon Leite abertos pelas pontas, mais Ricardo Bueno centralizado na área. O que faltou em condicionamento físico, sobrou em técnica para Daniel, único jogador que ofereceu algum perigo à defesa do Catanduvense.
O meio-campo do time do interior foi congestionado com cinco homens, e isso minou qualquer capacidade de criação do Palmeiras. A intenção de Murtosa foi boa, a tentativa de abrir o jogo pelos lados também, mas ficou claro que o time sente a falta de um jogador “diferente” para desamarrar jogos assim, pegados e truncados. Só mesmo Valdivia é capaz de fazer isso.
Eficiente na marcação, o Catanduvense se deu ao luxo de arriscar chutes de longe – Deola chegou a fazer uma bela defesa para evitar o gol do time da casa. Mas não houve recurso suficiente para vazar a defesa alviverde. Muito fraca, a equipe de Roberval Davino praticamente não ofereceu perigo ao Verdão. E o técnico deixou os experientes Lucio e Johnson no banco.
Amaro erra, Fernandão corrige
O clima sonolento dominou a segunda etapa. Murtosa tentou incendiar o time com Pedro Carmona, sem sucesso, e viveu de lampejos de Marcos Assunção. O volante mostrou pontaria calibrada e acertou o travessão em uma de suas cobranças de falta. Cansado, Daniel Carvalho deixou o gramado e acabou com qualquer esperança de criação do Palmeiras.
Levando o jogo em banho-maria, o Verdão chegou a pensar que, no mínimo, seguraria o empate sem gols. Tinha razões para pensar assim, já que o Catanduvense chutava, chutava, mas não levava perigo a Deola. Mas aos 29, após boa trama da equipe do interior, Leandro Amaro resolveu afastar a bola com o braço. Pênalti claro. O Palmeiras, que havia reclamado de duas infrações dentro da área em Ricardo Bueno, na primeira etapa, teve de engolir o gol do grandalhão Osny, que decretou o 1 a 0.
Só assim para o time de Murtosa acordar. Já com Fernandão e Patrik em campo, a temperatura do jogo aumentou, as chances apareceram com maior clareza, e o centroavante tratou de salvar o domingo. Aos 37, aproveitou um escanteio de Assunção (para variar) e empatou a partida.
No fim, só pressão alviverde. O goleiro João Paulo fez questão de se tornar o herói da equipe de Catanduva, que somou seu segundo ponto no Paulistão. Mas jogo arrastado ficou bem longe de um espetáculo para o torcedor que pagou, no mínimo, R$ 80 em um ingresso. Se o palmeirense de Catanduva pudesse voltar atrás, poderia ter utilizado o dinheiro em um programa mais agradável para a tarde de domingo.
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