2 de nov. de 2011

Picape e SUV ganham nova cara, mas motorização flex chega só em 2012


Hilux splash G

Como um bom vinho, a linha Toyota Hilkux/SW4 não envelhece: amadurece. 

Claro, alguém pode até argumentar que os japoneses não entendem nada da bebida de Baco - o que é verdade. Mas eles certamente sabem fazer carros robustos e confiáveis. É por isso que a picape está aí desde 1968, ganhando a confiança de seus fieis compradores e dando origem ao SUV que também virou líder no segmento diesel. 

Por causa dessa fama inabalável, é até compreensível que as mudanças de Hilux e SW4 para 2012 sejam discretas. As novidades mais importantes, por enquanto, são visuais. Para o ano que vem, os japoneses prometem motorização flex, que, no entanto, não estava disponível para o test-drive realizado na região de Bento Gonçalves (RS), famosa pelos - adivinhe - bons vinhos que produz. 

Por isso, vamos nos ater a falar das mudanças sofridas pela Toyota Hilux e pelo SW4 diesel, que guiamos pelas sinuosas estradas da região da Serra Gaúcha. O resultado, como você verá, é digno de um Toyota: um carro racional, que tem na própria história e na fama de inquebrável os principais argumentos para justificar seu preço, por vezes demasiadamente alto.

SW4 frente nova G

O mesmo, mas diferente 

Indo direto ao ponto: o desempenho de Hilux e SW4 renovados é exatamente o mesmo da linha anterior. Trata-se, afinal, de um facelift, e não da estreia de uma nova geração. 

Já os preços sobem um tanto por causa da adição de mais equipamentos, especialmente nas versões mais caras. A Hilux SRV automática, que antes custava R$ 132 mil, passa para R$ 134,4 mil. Já o SW4 SRV, com transmissão automática e sete lugares, passa de R$ 167,2 mil para R$ 174,9 mil. Esses são os modelos que responderão pela maioria das vendas. 

Novo sistema de áudio touchscreen com tela de 6,1 polegadas e câmera de ré, conexão Bluetooth com microfone no console do teto e ajuste elétrico do banco do motorista estão entre as principais inovações. Rádio com USB/iPod e também entra no pacote. 

Enquanto a motorização flex não chega, a Hilux tem duas opções de motores diesel: 3.0 16V turbo intercooler (163 cv de potência e 35 kgfm de torque) da versão SR para cima e 2.5 16V turbo (102 cv de potência e 26,5 kgfm de torque) para os modelos Standard. Para o SW4, a Toyota separou o mesmo 3.0 da picape, além de uma opção V6 a gasolina.

Hilux interior G

Plástica e maquiagem 

É inegável que, no visual, tanto Hilux quanto SW4 deram uma boa melhorada. Externamente, as principais mudanças estão na frente, que tem desenho mais limpo e, ao mesmo tempo, mais agressivo, com novas grades e novos faróis, que invadem a carroceria de ambos os carros. Os vincos mais pronunciados denunciam a tentativa de modernizar a linha, que também sofreu modificações nas laterais, mais “fluidas”. 

Na traseira, a Hilux tem novo desenho de lanternas, com vincos mais marcados e novo layout de luzes. No caso do SW4, os indefectíveis LEDs marcam presença. 

Por dentro, ambos os modelos seguiram as mesmas mudanças, embora a Hilux mostre cores escuras, enquanto o SW4 opta pela mescla com tons bege e detalhes que imitam madeira. A má notícia é que o plástico duro, quase uma ofensa em carros desse valor, permanece presente no painel e nas portas. O novo volante, com partes cromadas, ganha botões para controle do som nas versões top, mas peca pela pegada "fina" e pela aparência pobre. Os instrumentos têm nova padronagem e iluminação e a parte central, que concentra as informações do áudio e do ar-condicionado, adotou desenho horizontal.

SW4 interior G

Rodando 

Enquanto a Hilux opta pelo acerto de suspensão mais robusto, que privilegia a estabilidade e a força em detrimento do conforto, o SUV SW4 não deixa a desejar quando o assunto é levar condutor e até seis passageiros em longas viagens. 

A potência do motor 3.0 diesel não é grande coisa diante do porte dos carros, mas o bom torque e a economia do combustível compensam com folga a possível falta de diversão. O lado racional volta a pesar: nenhum dos carros é rápido ou extremamente divertido ao volante, mas suas qualidades práticas ajudam a desequilibrar a balança. 

Nem mesmo o ruidoso trabalho do motor a diesel associado a uma transmissão automática de apenas quatro marchas parece manchar o desempenho adequado. O conjunto existe há tanto tempo que um trabalha para compensar as deficiências do outro. 

Sem colocar Hilux ou SW4 para carregar carga ou uma grande família - nem encarar o off-road pesado para testar os méritos da tração 4x4 - a impressão geral é a de que ambos os carros sabem o que fazer, com pouco alarde e sem qualquer emoção. 

Para quem busca diversão, visual apaixonante ou status, isso pode ser um problema. Mas, para quem vê o carro como um objeto que serve a um propósito bem definido, tais falhas podem passar praticamente despercebidas. 

No entanto, Toyota, fica a dica: mesmo os mais espartanos vão notar que a concorrência consegue fazer um interior mais digno nessa faixa de preço. É hora de abrir a mão e a cabeça e perceber que robustez não necessariamente significa falta de criatividade/capricho dentro dos carros.


Preços 

Veja a seguir a tabela de preços para todas as versões da Hilux e do SW4. Os valores dos modelos flex ainda não foram divulgados. 

Picape 

Hilux 4x4 C/D SRV A/T TOP - R$ 141.920 
Hilux 4x4 C/D SRV A/T - R$ 134.410 
Hilux 4x4 C/D SRV M/T - R$ 127.260 
Hilux 4x4 C/D SR M/T - R$ 111.800 
Hilux 4x4 C/D Standard Power Pack - R$ 100.720 
Hilux 4x4 C/D Standard - R$ 93.260 
Hilux 4x4 C/S Standard - R$ 85.690 
Hilux 4x4 Chassi/Cabine - R$ 80.160 

SW4 

SW4 SRV A/T Diesel 7 Lugares - R$ 174.900 
SW4 SRV A/T Diesel 7 Lugares - R$ 170.400 
SW4 SRV A/T Gasolina V6 - R$ 157.000 

Dados do R7.COM

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