7 de mar. de 2012

neymar santos x internacional (Foto: AP)



Havia 12.857 felizardos nas arquibancadas. Mais 21 jogadores em campo, além de jornalistas e funcionários da Vila Belmiro. Todos privilegiados por assistir ao vivo e de bem perto um craque: Neymar. No dia 7 de março de 2012, em que Messi assombrou o mundo com cinco gols na vitória por 7 a 1 do Barcelona sobre o Bayer Leverkusen, pela Liga dos Campeões, o camisa 11 do Peixe deu show na Taça Libertadores: fez três gols, sendo duas obras-primas, e reinou absoluto na vitória por 3 a 1 sobre o Internacional.
E a noite era mesmo de festa para Neymar, que completou exatos três anos como jogador profissional. A comemoração foi em grande estilo para ele e o Santos, mas terrível para o Internacional. A vitória colocou o Peixe na segunda posição do Grupo 1 da Libertadores, ultrapassando o próprio time gaúcho - que continua com a sina de freguês na Vila -, pelos critérios de desempate de gols marcados. Os dois times têm três pontos, três a menos que o The Strongest, da Bolívia.
Foi a primeira vez que Neymar reencontrou o ex-treinador do Peixe Dorival Júnior, num jogo na Vila Belmiro, e o atacante aproveitou para expandir ainda mais o seu já vasto repertório de belos gols - foi ele o vencedor do Prêmio Puskás, pelo gol mais bonito da temporada 2011 (na derrota por 4 a 3 para o Flamengo).
Blitz santista no início
O próximo jogo do Santos na Libertadores é contra o Juan Aurich, dia 15, no Peru. Já o Inter recebe o The Strongest, dia 16, no Beira-Rio. Pelo Paulistão, o Peixe encara o Mogi Mirim, sábado, fora de casa. No Gauchão, o Inter pega o Santa Cruz, sábado, no estádio dos Plátanos.
Endiabrado. Esta é a palavra que melhor define Neymar durante os 45 minutos iniciais. Inspirado pela comemoração de seus três anos como profissional, o craque do Santos não deu um segundo de respiro para o Internacional. Assim como ele, o Santos entrou com tudo e exerceu forte pressão durante os 20 minutos iniciais, empurrado pela Vila Belmiro quase lotada.
Logo aos seis minutos, o camisa 11 deu uma amostra do que viria pela frente. Como de costume, sempre pela esquerda, passou como quis pelo zagueiro Rodrigo Moledo e tocou para Juan. Rapidamente, o lateral virou para Ibson, que finalizou muito longe. Em seguida, uma linha de passe alvinegra envolveu facilmente o Inter. Ibson achou o "pivô" Edu Dracena, que rolou para Juan. Com ótima visão de jogo, o lateral achou Neymar livre pela esquerda. O camisa 11 soltou o pé de direita, mas Muriel salvou, aos dez.
De tanto insistir, o Santos chegou lá. Em mais um ótimo passe de Ganso, com visão de jogo apurada, Borges recebeu e tentou girar dentro da área, mas caiu agarrado com Índio. Pênalti contestado pelo Inter, mas convertido por Neymar, com bola na esquerda e Muriel para a direita. Na comemoração, o craque não esqueceu do filho Davi Lucca, com quem entrou em campo novamente, e simulou uma chupeta com o dedo na boca.
Àquela altura, o Colorado só havia assustado em falta cobrada por D'Alessandro. Porém, após o gol santista, o Inter teve a sua melhor chance na etapa inicial. Pela direita, Nei foi até a linha de fundo e enfiou boa bola para Elton, que chegou atrasado e não teve força para empurrar a bola para as redes de Rafael.
Mesmo assim, o Santos ainda teve mais boas chances para ampliar. A combinação Ganso e Arouca funcionou duas vezes. Na primeira, o volante achou Neymar, que invadiu a área e soltou a bomba de pé esquerdo, na trave. Na segunda, Ibson não conseguiu completar o cruzamento do camisa 5. Antes do fim, Juan ainda teve mais uma boa oportunidade, sempre em jogada com Neymar, mas a bola passou perto da trave esquerda de Muriel.
E Neymar faz história na Vila
O Inter voltou mais ligado na etapa final, mas continuou abusando das faltas. Ainda assim, a equipe de Dorival Júnior teve a primeira boa oportunidade. D'Ale enfiou bola inteligente para Nei, pela direita. O lateral foi até o fundo e cruzou rasteiro na medida para Leandro Damião. O camisa 9 só precisava empurrar para dentro, mas Rafael evitou a bola na rede com uma defesa espetacular.
O que se viu logo depois marcaria o dia 7 de março de 2012 na história da Vila Belmiro. Neymar pegou a bola no campo de defesa do Peixe. A dupla argentina Bolatti e Guiñazu ficou para trás. Depois foi Rodrigo Moledo. O craque ganhou a área do Colorado e, como um veterano, só deu um leve toque, matando o goleiro Muriel. Mais um gol antológico, de quem parece disposto a levar o Prêmio Puskás da Fifa pela segunda vez em apenas três anos de carreira.
A reverência da Vila Belmiro ao craque foi interrompida por Leandro Damião. Enquanto os santistas ainda estavam em estado de êxtase pelo que acabara de acontecer, Kleber lançou Oscar pela esquerda. O meia fez ótima jogada e cruzou para Leandro Damião, que, desta vez, não perdoou e diminuiu para o Inter, aos 19 minutos.
Mas quem tem Neymar sempre pode esperar mais. E o Santos sabe disso. Como um relâmpago, o craque tratou de acabar com o esboço de reação gaúcha, um minuto depois. Em lance parecido com o do primeiro golaço, o camisa 11 pegou a bola no meio de campo, deixou Tinga e Rodrigo Moledo para trás, passando pelo meio da dupla, e só parou no gol do Internacional. A finalização coroou a segunda obra-prima do atacante na noite: por cobertura, matando Muriel pela terceira vez na noite.
Antes do apito final do gaúcho Evandro Rogério Roman, Ganso chegou a se irritar com os colorados pelo excesso de faltas e chegou a discutir em campo, mas acabou contido por companheiros. Felizes os torcedores que estiveram na Vila Belmiro na noite desta quarta-feira e viram Neymar.
do Globoesporte

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