De folga, Neymar, Ganso, Borges & Cia. acompanharam o time do Santos no sofá de casa neste sábado. Sem badalação e sem suas principais estrelas, faltou brilho para os reservas do Peixe contra o Mogi Mirim: com má atuação e sem entrosamento, deixaram o Romildo Ferreira com derrota por 3 a 1 e viram o rival Corinthians aumentar a vantagem na liderança do Paulistão. Para o Sapão, superior durante toda a partida, o resultado confirmou o posto de “melhor do interior” e ainda encerrou a sequência de sete vitórias do adversário na competição.
Com a cabeça no Juan Aurich, adversário da próxima quinta pela Libertadores, o Peixe esteve irreconhecível se comparado ao show dos galáticos contra o Inter, na última quarta. De bom, só o retorno do volante Adriano, que não jogava uma partida oficial desde novembro e que, sem ritmo, saiu no segundo tempo. No restante, o que se viu foram erros na marcação, armação nula e defesa insegura. Sorte que, na quinta, os jogadores que só assistirão à partida não serão Neymar & Cia.
Pelo Mogi, Val marcou dois, Felipe marcou um e o resultado ficou barato pelo futebol apresentado diante de sua empolgada torcida – já é o sexto jogo de invencibilidade e que garante o time do técnico Guto Ferreira cada vez mais no G8. O atacante Dimba marcou o gol de honra do Peixe, logo aos três minutos de jogo, e ele, assim como o restante do time, assistiram a um passeio do Sapão.
Sapão "galático" e Peixe devagar...
Pelo Paulistão, o Santos volta a campo no próximo domingo, quando faz clássico contra o São Paulo, às 16h, no Morumbi. Antes disso, no entanto, enfrenta o Juan Aurich, do Peru, na quinta, pela Libertadores. O Mogi Mirim pega o Guaratinguetá, às 18h30 de sábado, no Estádio Dario Rodrigues Leite.
Se algum torcedor santista demorou a ligar o televisor para assitir à partida, perdeu justamente os lances mais interessantes da primeira etapa. A opção do técnico Muricy Ramalho em poupar para não “estourar” seus titulares parecia dar resultado – descansados, os reservas começaram voando e, aos três minutos, abriram o placar. A jogada do gol foi bonita: lançamento perfeito de Elano para Felipe Anderson. Com categoria, o meia dominou, tirou a marcação e só ajeitou para Dimba. O atacante invadiu a pequena área em velocidade e bateu no canto para marcar.
Mas o melhor time do interior neste Paulistão não se intimidou. Desentrosada e sem segurança, a defesa santista formada por Bruno Rodrigo e Vinicius Simon já dava mostras de que poderia comprometer e a “sensação” Mogi Mirim cresceu no jogo. Aos seis minutos, chegou ao empate. Gil cobrou falta na área, ninguém marcou e Val testou firme para o fundo da rede. Daí em diante, exceção feita a uma cabeça perigosa de Bruno Rodrigo, só deu Mogi e o goleiro Aranha chamou a responsabilidade.
Sem marcação e com grande dificuldade na saída de bola, o Peixe dava espaço e perdia feio no comando do meio-campo. Adriano (sem ritmo) e Anderson Carvalho, volantes com característica de marcação, sobrecarregavam os apagados Elano e Felipe Anderson na armação. Enquanto isso, o atacante Roni e o lateral Edson deitavam e rolavam pelo lado direito do ataque do Sapão. Em três chutes de longe, o goleiro do Peixe fez valer a chance entre os titulares e salvou. Para um time que pouco buscou o gol, o Santos saiu no lucro com o empate no primeiro tempo.
Santos se acomoda e Mogi aproveita
Muricy preferiu não mexer na equipe para a segunda etapa e o Mogi continuou melhor. Os dois volantes da equipe da casa saíam para o jogo e confundiam a marcação santista. Se Alan Kardec não voltasse para buscar jogo, não teria visto a cor da bola até então. Felipe, por outro lado, camisa 10 do Mogi, criava boas chances e não perdoou quando Vinicius Simon deu bobeira em frente à grande área, aos 9 minutos – já era a quarta boa chance do Sapo na segunda etapa.
O zagueiro do Peixe tentou domínio, sozinho, mas a bola bateu no pé de apoio e Felipe roubou em velocidade. Livre, na cara do gol, chutou forte no canto direito e tirou qualquer chance de Aranha salvar mais uma. E nem a virada do Mogi foi o bastante para acordar o Alvinegro. Cinco minutos depois, Felipe fez jogada incrível pela direita, deu no meio das pernas do marcador Felipe Anderson e ajeitou para Val bater com perfeição e ampliar da entrada da área.
Enquanto a torcida do Mogi, em êxtase, gritava olé, o Peixe não conseguia nem trocar passes e o desânimo tomou conta da equipe. “Reserva de luxo”, Elano pouco apareceu deixou a desejar na vontade demonstrada em campo. Com a vitória praticamente garantida, o Mogi sentiu o cansaço, tirou o pé e administrou o resultado criado. Aos 34, no entanto, por pouco não consolidou uma goleada com gol de placa: Val passou por dois e tentou o chute cruzado, mas foi desviado. O artilheiro Hernane tentou na volta, mas só conseguiu o escanteio. Nem sempre é dia de show para o Peixe.
do Globoesporte
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