31 de dez. de 2011


moda

Não adianta negar, os melhores momentos fashion de 2011 ocorreram fora das passarelas. Sinal dos tempos pós-modernos e pós-tudo? Em tempos em que tudo pode, desde os desfiles das temporadas de Paris, Nova York, Londres, Milão, São Paulo, Rio até ali na esquina de um protesto no Egito, na Líbia, no Chile, em Wall Street... 
Mas este ano quem pode mesmo foi Kate Middleton. O momento mais fashion do ano foi dela. Ao escolher um vestido da grife inglesa Alexander McQueen, assinado por Sarah Burton, que substituiu o estilista morto em 2010, ela mostrou ao mundo que elegante mesmo é valorizar os talentos locais sem tirar o pé do internacional. E, em ano de crise no mundo, em que a moda se valeu das vendas na China para manter as grandes grifes ?desfilando azul?, é sempre bom promover a moda inglesa.
Outra inglesa que se casou, mudou e causou foi Kate Moss. A top celebrou em julho a união com o roqueiro Jamie Hince, mas não abriu mão da amizade com o estilista John Galliano e teve a companhia de 15 daminhas, entre elas, sua filha Lila Grace, de 8 anos, com um ousado e, ao mesmo tempo, romântico vestido assinado pelo estilista banido da Dior este ano.
Outra top internacional que tem sempre um pé na moda internacional e outro no Brasil: a "nossa" Gisele Bündchen. Em 2011, a primeira modelo bilionária da história continuou uma das mais tops do mundo e se tornou uma das empresárias fashion mais bem-sucedidas.
Além do lançamento de sua coleção para a C&A, despertou polêmica com a campanha para a Hope (A Hope Ensina), acusada pela Ouvidoria, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, de "promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas". O que tanto fez Gisele? Ensinou por vias controversas "como a sensualidade pode deixar qualquer homem derretido e relevar probleminhas do cotidiano".
Quem não tem vergonha de usar o corpo para vender é Lady Gaga. Além de desfilar para Thierry Mugler em fevereiro, adotar look de Pedro Lourenço e provar que é mesmo camaleoa fashion, a cantora assinou parceria com a Barneys New York para promover uma ação de Natal.
Por aqui, a famosa que mais despontou na passarela foi Deborah Secco, que vivia Natalie Lamour de Insensato Coração quando a TNG a convidou para estrelar sua coleção. Deborah foi a gostosa no reino das magrelas e mostrou que celebridades em desfiles é receita de sucesso comercial.
De volta a Galliano: desde que perdeu o trono Dior em fevereiro, ao proferir ofensas antissemitas a um grupo de italianas num bar de Paris, o criador permanece na geladeira. Mas a Dior esquentou as passarelas com o desfile sem o enfant terrible em julho e aqueceu a fogueira das vaidades ao acenar com a possível contratação de Raf Simons (atual da Jil Sander) como substituto de Galliano.
Como moda e comportamento andam de mãos dadas na passarela, 2011 foi o ano de Lea T. dizer a que veio. A transexual filha de Toninho Cerezo já havia sido a sensação da Givenchy e destaque da Vanity Fair em 2010, mas foi em 2011 que o Brasil a descobriu. Convidada por Alexandre Herchcovitch, Lea desfilou em janeiro a coleção de inverno masculina da grife. E provocou alvoroço no desfile da grife de moda praia Blue Man.
Lea não só estrelou o catálogo da coleção verão 2011/12 como abriu o desfile da Fashion Rio. Entrou majestosa de biquíni cortininha e provou que, na era da androginia, gênero é questão de opção. Por falar em androginia, não podia faltar o bósnio-australiano Andrej Pejic.
O modelo queridinho de Gaultier e Marc Jacobs também foi sensação ao estrelar uma campanha de sutiã para levantar os seios de uma marca holandesa. Maior ironia, impossível. Ele, que também faz campanhas masculinas, no Brasil desfilou para Herchcovitch, Lino Villaventura, André Lima e a feminina Maria Bonita, vestido de mulher, é claro.
Como o ano não poderia acabar sem uma entrada (ou saída) triunfal na passarela, o mineiro Ronaldo Fraga anunciou "o fim da moda" (pelo menos como a conhecemos) e que não vai desfilar na São Paulo Fashion Week, em janeiro, como fazia desde o início, há mais de 15 anos. Ele quer se dedicar à feitura de um livro, mas garantiu que volta a desfilar no meio de 2012 para a temporada Primavera-verão 2013.
Talvez a moda não tenha chegado ao fim, mas está em constante recomeço. Reflexo e termômetro de um mundo mergulhado em incertezas, a única certeza, assim como as estações, é a constante mudança. Que venha 2012! 
do r7.com

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