A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o último dia de negócios de 2011 com leve valorização nesta quinta-feira (29).
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, subiu 0,39%, aos 56.754 pontos. O volume de dinheiro negociado no dia foi de R$ 5,2 bilhões, segundo dados preliminares.
Em 2011, porém, a bolsa paulista acumulou queda de 18,1%, o que, segundo levantamento da consultoria Economatica, é o terceiro pior desempenho desde o início do Plano Real.
O pior desempenho do índice brasileiro desde o início do Plano Real foi registrado em 2008, quando a queda foi de 41,22%. Dez anos antes, em 1998, o Ibovespa teve o segundo pior resultado, recuando 33,46% ao longo do ano.
O ano foi difícil para o mercado de ações: outra pesquisa divulgada pela Economatica na quarta-feira (28) aponta que as empresas brasileiras de capital aberto perderam em valor de mercado de R$ 213,6 bilhões em 2011, até o dia 27 de dezembro.
E para profissionais do mercado, há poucas chances de uma recuperação mais significativa do mercado acionário, pelo menos enquanto o medo de quebradeira generalizada na zona do euro não for dissipado.
"A liquidez ainda está empoçada; só deve melhorar depois do primeiro trimestre (de 2012)", disse o responsável pelo banco de investimentos Bradesco BBI, Sérgio Clemente.
Segundo Walter Mendes, sócio da Cultinvest, entre os fatores que podem contribuir para a recuperação no próximo ano está o fato de a bolsa brasileira estar bastante "descontada" em relação aos mercados internacionais.
Como de forma geral as empresas do país seguiram crescendo nos últimos anos, marcadas por instabilidade internacional, os múltiplos da bolsa brasileira estão bem menores do que os de outros mercados, mesmo emergentes. Em termos nominais, o Ibovespa está no mesmo patamar alcançado em meados de 2007. Na máxima histórica, o índice superou 73 mil pontos, no começo do ano seguinte.
"Nós estamos no meio de um ciclo de corte de juros, a economia americana está lentamente se recuperando e tenho a expectativa de que não haja ruptura na Europa nem desaceleração muito forte na Ásia", afirmou Mendes, referindo-se à taxa Selic brasileira, que fechou este ano a 11%, depois de alcançar 12,50% em julho.
Pior investimento de 2011
Ainda de acordo com o levantamento da Economatica, a bolsa paulista foi a pior do ano entre seis opções de investimento: foi o único ativo a desvalorizar.
A melhor aplicação do ano foi o ouro, com 16,46% de alta, seguido pelo Dólar Ptax Venda, com 11,84% de valorização.
A poupança teve alta de 7,5% em 2011, segundo o levantamento da consultoria.
Esta rentabilidade, de acordo com a Economatica, já considera o fechamento anual até o dia 31 de dezembro.
Bovespa ao longo de 2011
Em 2011, o melhor desempenho do Ibovespa, principal indicador do mercado acionário do país, foi registrado logo no início do ano, ao fechar aos 71.632 pontos no dia 12 de janeiro – a maior cotação desde novembro de 2010.
De lá para cá, no entanto, a trajetória foi praticamente só descendente ao longo do ano, com uma ou outra variação mensal positiva (veja gráfico ao lado).
No dia 8 de agosto, o Ibovespa atingiu o menor patamar do ano – e o mais baixo desde abril de 2009 – e fechou aos 48.668 pontos.
do g1.globo.com
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